Oi gente!
Na falta de novas viagens, o jeito é contar velhas, porém boas histórias!
Com sua beleza e imponência, a Cachoeira do Rio Itapanhaú arranca suspiros de quem passa pela Rodovia Mogi-Bertioga, também pudera, são três belas quedas e a maior delas com mais de 80 metros.
Mais conhecida como Cachoeira do Elefante (Dizem que quando diminui o fluxo de água, uma pedra lembra um elefante – esquisito, nós não vimos nada!), é mais uma grande atração de Mogi das Cruzes. Na verdade, fica um pouco depois da Cachoeira da Pedra Furada e da Cachoeira da Light, do lado direito da rodovia, sentido Mogi-Bertioga.
ONDE FICA???
Bem pertinho, em Mogi das Cruzes, SP.
- Rodovia Mogi-Bertioga, km 81
COMO CHEGAR (a partir do centro de São Paulo)???
- De carro: pela Dutra até o km 204 – próximo ao trevo de Arujá (pedágio R$ 2,30) há o acesso à Rodovia Mogi-Dutra, ou pela Rodovia Airton Senna até o km 44 (pedágio R$ 2,40), há o acesso para a SP 88 – Rod. Prof. Alfredo Rolim de Moura (Mogi-Salesópolis). O centro de Mogi é bem sinalizado e facilmente se chega até a Mogi-Bertioga (SP 98), siga até a balança no km 77, e em um dos dois botequinhos você pode guardar o carro.
- De condução: trem da estação Brás até Guaianazes (R$ 3,00) , onde se faz baldeação sentido Estudantes. Descer na última estação e pegar o ônibus Estrada Manoel Ferreira (R$ 3,00) até o ponto final, balança no km 77 da Mogi-Bertioga. Outra opção é a lotação (R$ 10,00) que sai da estação Estudantes e deixa você na entrada da Trilha e o melhor, pode buscá-lo no horário combinado.
A TRILHA
São 9 km de descida, e se isso parece moleza, acreditem: moleza e tremedeira é o estado geral das perninhas quando se chega diante da cachoeira.
Mas trilha boa é trilha difícil, retirada, longa e que exige bastante esforço, pois certamente a recompensa é um lugar paradisíaco, e este é bem o caso.
Com início no km 81, ao lado da placa “ Trecho de Serra, desça engrenado”, do lado direito da rodovia no sentido Mogi-Bertioga, a trilha é bem marcada e com declividade bastante acentuada (preparem-se para usar muuuuito o 5º apoio,rsrs!) em alguns pontos corta-se alguns córregos e riachos e na maior parte do tempo ela desce praticamente colada às margens das quedas da cachoeira, de modo que o barulho da água é a melhor referência de localização.
Mas nós sempre recomendamos que qualquer trilha em mata fechada seja feita com o auxílio de guias experientes porque é seguro e promove a sustentabilidade, outra boa opção é trilhar com quem já foi algumas vezes e conhece bem o local. Na verdade esta é uma trilha bastante conhecida e freqüentada, não raro há várias pessoas acampadas na parte mais baixa do vale, já na base da trilha.
O camping selvagem é uma experiência interessante e barata, mas também envolve responsabilidades como priorizar a própria segurança e recolher o lixo gerado. Se todos deixarem seus resíduos espalhados, em breve será mais agradável visitar o chafariz da Praça da Sé.
A CACHOEIRA
Duas palavras: MAJESTOSA E VIOLENTA!!! Fomos no período de menor fluxo de água e mesmo assim é muuuita água!
Do lado esquerdo da cachoeira o volume de água é mentor e forma-se um poço para banho, que segundo depoimentos: é gelaaaaaadíssimo!
E como sempre acontece conosco, o tempo estava péssimo!Claaaaro que se, e somente se, São Pedro tivesse colaborado, as fotos seriam muito melhores, mas mesmo assim valeu a pena, pelo simples prazer de trilhar, pelas agradáveis companhias e pelo maravilhoso espetáculo da natureza.
A VOLTA
Diz o dito popular que na ladeira todo santo ajuda, mas não nos parece que os padroeiros estejam disponíveis nas subidas, e para voltar da Cachoeira do Elefante há três opções:
GUIA – A opção nº 1 é voltar pelo mesmo caminho.
NÓS ( CHOQUE) – O QUE??? 9 km de subida? Isso não é uma opção, vamos ficar aqui para sempre!!!!!!!!
GUIA – A opção nº 2 é descer ± 10 km acompanhando o rio Itapanhaú até o trevo da Mogi-Bertioga com a Rio-Santos e voltar de busão.
NÓS (DEPRESSÃO) – Vamo aí, pelo menos os santos continuam nos empurrando ladeira abaixo e chegamos mais rápido.
GUIA – Mas temos que cruzar uma propriedade particular e o cara é meio bravo, sempre implica com os trilheiros e parece vive armado.
NÓS (REJEIÇÃO) – Guia, nós simplesmente te odiamos. Vamos chamar os bombeiros, o 9-1-1, o Ricardo Young…
GUIA – A opção nº 3 é cruzar o rio Itapanhaú e com ± 2 km de subida íngreme, mas muito íngreme mesmo, chegamos no mirante do km 83. De lá voltamos de busão.
NÓS (ACEITAÇÃO) – Senhor guia, seja feita a vossa vontade, mas tirai-nos daqui, amém!!!
O Rio Itapanhaú tem cerca de 1,5 m de profundidade, fundo pedregoso e correnteza bastante forte, seu nível pode variar com as chuvas e a travessia se tornar muito perigosa.
Brincadeirinha gente! As opções de conclusão da trilha são reais, mas os dialógos não aconteceram porque não fomos guiados. Estávamos em companhia de amigos solidários e extremamente responsáveis, que conhecem muito bem o lugar e tornaram nosso passeio muito mais seguro.
Ah! Só para esclarecer, gente: claro que não vivemos no Oriente Médio e sabemos que aquele turbante está ridículo, mas era o único jeito de preservar um agasalho sequinho (ou menos molhado) para a volta! ;-P
E para falar a pura verdade, por “± 2 km de subida íngreme, mas muito íngreme mesmo”, entendam: SUPER, HIPER, MEGA, MONSTRO ÍNGREME MEEEESMO!!! Em alguns pontos há degraus escavados no barranco, em outros alguns troncos de árvores e em outros apenas algumas raízes, então fica mais ou menos assim:
4 ou 5 passos >dói o joelhinho = pára e descansa + 4 ou 5 passos > falta o ar = pára e respira + 4 ou 5 passos … e assim vai até o mirante, de onde podemos contemplar toda essa beleza à distância e lançar um último olhar de até breve, quem sabe num próximo fim-de-semana ensolarado.
E vocês? Já foram?
Bjo gente!
Vejam aqui as FOTOS, FOTOS, FOTOS!!!